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Quando a gente começa fazer a gestão de clínicas de saúde percebemos que há algum caminho a ser trilhado para se tornar um negócio sustentável. Antes de entrar nesse tema é importante avaliar algumas características que diferem de outros negócios existentes no mercado.
Uma clínica, normalmente, oferece um serviço associado à promoção de saúde aos seus clientes. Muitas vezes tem, em seu perfil empreendedor, médicos que exercem a profissão e também fazem a gestão da clínica.
Essa é uma situação que deve ser levada em consideração quando começamos a avaliar qual vai ser o modelo de gestão ideal. Um dos fatores característicos do mercado de saúde é que eles, muitas vezes, têm receitas comprometidas e dedicadas a planos de saúde ou saúde pública.
Feitas as premissas iniciais, quando começamos a avaliar a sustentabilidade do negócio voltado para a saúde, devemos observar dois pontos: “porta para dentro” e “porta para fora”.
Quando avaliamos “porta para dentro” significa tudo que podemos fazer para melhorar a performance da nossa clínica. Lembre-se que para conseguirmos alcançar a sustentabilidade, queremos uma clínica lucrativa e sustentável.
Para a gestão de clínicas ser lucrativa, bastam as receitas serem superiores aos custos. Quando começamos a trabalhar “porta para dentro” olhamos as despesas de uma clínica. Muitas vezes, a empresa é segmentada em vários tipos de serviços e é comum no mercado a gente não conseguir identificar como é a performance de cada um desses serviços.
Há situações em que os serviços podem consumir tantos gastos, como um equipamento mais caro, que a precificação associada não é suficiente para cobrir a despesa. No entanto, só é possível ter essa informação se for feita uma gestão de custos do seu empreendimento.
Muitas vezes associado ao custo há outro fator que está escondido: os desperdícios. Você tem um equipamento de raio-x, além de pagar pelo equipamento, há pessoas alocadas para que elas prestem o serviço.
Se você tiver uma capacidade para fazer 200 exames por dia, e são feitos só 100, isso significa que você está deixando de ganhar 100 exames. Além disso, os 100 clientes diários devem pagar pela ociosidade. Esse desperdício pode comprometer a saúde financeira do seu empreendimento.
Ao separar os serviços que são lucrativos daqueles que não são, muitas vezes, explica porque vendo ou consigo performar operacionalmente, mas não percebo que sobram recursos em caixa.
Quando começamos a olhar “porta para fora” na gestão de clínicas de saúde, percebemos que temos que ter mais saídas de mercado para alcançar maiores receitas. Há uma tendência grande de planos de saúde.
Nesse contexto há um desafio: garantir que haja um fluxo adequado para cobrir os custos. As despesas são mensais, mas as receitas podem levar 2 ou 3 meses.
O planejamento financeiro faz muito sentido para garantir a existência de capital de giro suficiente para cobrir os custos e conseguir fazer com que o negócio se torne sustentável sem depender de empréstimos.
O segundo ponto que devemos avaliar é ter estratégias para não depender somente de planos de saúde e atender melhor o mercado privado para trazer mais receitas. Mas como fazer a migração atendendo às restrições impostas pelo conselho de divulgação e marketing para o negócio da saúde?
Em alguns casos fazemos promovendo um melhor pós-atendimento ao cliente. O paciente vai à clínica, é gerada uma receita e depois como é feito o acompanhamento?
Trata-se de um diferencial, pois um bom acompanhamento favorece a fidelização e ainda a pessoa pode influenciar outros pacientes a irem até a sua clínica. Esses são investimentos que retornam rapidamente ao seu empreendimento.
A Valor e Foco atua há bastante tempo no mercado com muitas clínicas e hospitais no nosso portfólio. Nós trabalhamos fortemente em implementar um modelo de gestão de custos que permita que vocês identifiquem onde estão os desperdícios e precificar melhor os serviços.
Também temos serviços voltados “porta para fora”. Promovemos análise de mercado, segmentação, diferenciação da sua comunicação para que você consiga promover os seus serviços, atendendo às restrições do conselho.